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domingo, 27 de maio de 2012

Sucesso de ‘Carrossel’ revela carência de opções para crianças na TV aberta


Tudo bem, aqui podemos falar se “Carrossel” é uma novela bem feitinha ou mais um produto trash do SBT. Mas, antes, é preciso entender por que se tornou vedete do ibope -nos primeiros capítulos, triplicou a audiência da emissora, chegando a 15 pontos.
As crianças simplesmente não têm mais ao que assistir na TV aberta. Se é boa ou não, por ora, não importa ao público: é a opção que faltava.
É um fenômeno a ser acompanhado. Remake de original mexicano, traz uma escola que nada tem a ver com a brasileira. Lá estudam pobres e ricos, e o uniforme é bermuda, camisa e gravata (menino) e saia de pregas e meia três-quartos (menina).
Poderia parecer estranho para nosso espectador mirim. Mas, para boa parte, não é o caso: são novelinhas enlatadas assim que fazem a festa dos canais infantis pagos.
“Carrossel” tem o potencial de roubar ibope da TV fechada e de atrair crianças fora da TV no horário (ou que estão usando o televisor para videogame ou DVD) -o que seria lindo para quebrar a tese da Globo de que infantis não são mais economicamente viáveis na TV aberta.
A novela está longe de ser um primor em produção: os cenários, excessivamente coloridos, aparentam ser falsos.
Sem querer, a professora Helena definiu, na estreia, a atuação de sua intérprete, Rosanne Mulholland, que ainda não achou o tom: “Temos um longo caminho a percorrer”. O elenco infantil é irregular: a “vilã” (Larissa Manoela) está bem, e o mocinho (Jean Paulo Campos), muito inseguro. Mas é o que temos, ou melhor, o que as crianças (sem TV paga) têm.

Fonte: Folha de São Paulo

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